quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Desculpa, foi sem intenção!

“...Tropecei num estranho que passava e lhe pedi perdão. Ele respondeu: "desculpe-me, por favor; também não a vi."
Fomos muito educados, seguimos nosso caminho e nos despedimos.
Mais tarde, eu estava cozinhando e o meu filho estava muito perto de mim.
Ao me virar quase esbarro nele. Imediatamente gritei com ele; ele se retirou sentido, sem que eu notasse quão dura que lhe falei...”

O texto acima, é um trecho de um e-mail que recebi ontem de uma amiga, é um texto extenso, mas repleto de verdades que me fez refletir bastante, sobre o que representa um pedido de desculpa.
Muitas vezes evitamos pedir desculpas por várias razões.
Principalmente quando o pedido de desculpas é para alguém da nossa família.
Às vezes agimos com uma certa grosseria com os nossos familiares e nem sequer nos damos conta desse acto.
Grosserias que jamais fazemos com as pessoas de fora do nosso lar.
Porque temos tanta cautela com os nossos actos para uma pessoa desconhecida e não temos tanta cautela para o nosso marido, esposa, irmãos, irmãs, cunhados, cunhadas, tios, tias, primos, primas, pais ou filhos?
Nem sempre deixamos de nos desculpar por orgulho, mas por pensar que já que é da família a pessoa entendera ou nem é necessário ficar se desculpando.
Um coisa que não suporto é gente que vive fazendo asneira e depois acha que um simples pedido de desculpa se resolve.
E ainda depois de pedir desculpas, vêm com aquela frase pronta:
- Mas eu pedi desculpas!
No final das contas a pessoa faz uma cara de coitada e ainda faz a gente se sentir um monstro incompreensível, incapaz de desculpar um erro e a pessoa fica como se nada tivesse acontecido ou atingido.
Sabe aquelas pessoas que prometem, se arrependem, se desculpam e acha que por causa de um pedido de desculpas tudo já esta reparado?
Pois é, é esse tipo de gente a que me refiro.
Não é por que se desculpou que tudo vai estar acabado, esquecido. Dependendo do que aconteceu, mesmo que a pessoa que recebeu o pedido de desculpas diga: - Tudo bem, eu aceito o pedido de desculpa, vamos esquecer e deixar pra lá.
O pior de tudo são as “desculpas esfarrapadas”. Do tipo:
Desculpa, de manhã costumo acordar de mau humor, por isso sou grossa. -Me desculpe, eu não pensei que isso iria te magoar. - Desculpa eu sou assim, quase sempre não cumpro horários. Ou - Desculpa é que sou meio desorganizada.
Só concedo meu perdão quando vejo que o acto foi um acidente, do tipo um esbarrão, ou, uma situação inesperada que eu vejo que a pessoa nem teve sequer tempo de pensar e teve que agir rápido e buf, fez algo que me magoou sem pensar, planejar ou querer.
Pior do que encarar gente que vive se desculpando, é aturar gente que :
erra, não aceita que errou e nem se desculpa por seus erros.
Comigo não, nem tente me ofender, vir com mentiras ou me trair que eu não desculpo mesmo!
Quem sabe... Talvez um dia, quando SE por acaso eu tiver Alzheimer.

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